quinta-feira, setembro 28, 2006



Mais um trabalho concluído. Arrumados os pinceis e tintas espalhadas pelo atelier, nunca estão arrumados, confesso que gosto dessa confusão! é nela que me entendo e me encontro. Respiro fundo e sorrio. Sinto que nunca está concluido. Antes de o entregar necessito de uns dias, para o contemplar, viver com ele uns dias pra o deixar viver noutras mãos, noutra casa, novas paredes, diferentes olhares... Cada nova tela é como um filho que sai de casa, independente, mas deixa no coração da mãe um aperto de ansiedade, o receio do que ele irá encontrar no seu caminho. Espero que faça amigos, que os acompanhe em momentos de solidão ou de puro lazer, que saiba, enfim dar. Porque essa mãe deseja, acima de tudo, que cada filho nascido do ventre da criação possa dar aos outros um prazer tão especial como o que a pintora sentiu.

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