quinta-feira, maio 24, 2007

sopro


... E, no entanto, achando que, como os gatos, havia de renascer desta velhice.
Voltar, numa sétima vida (e última, depois da travessia que agora lhe mostrava a sua incontornável extensão), voltar a incarnar a potentíssima pantera, a ave de longínquos voos e o passarito tonto, que acabaria por finalmente poder morrer desprotegido, como uma simples rajada de vento que sobre ele viesse enfurecer-se. Ou com um sopro de Deus, que o enterra-se junto à raiz de uma árvore milenar.”
Isabel Calado

Sem comentários: