“Um dia, um homem encontrou um casulo e resolveu levá-lo para casa para observar a sua transformação em borboleta. A certa altura, apareceu um pequeno orifício no invólucro e ele sentou-se a observar a borboleta enquanto lutava para forçar o seu pequeno corpo a sair através do buraco. Até que, aparentemente, parou de fazer qualquer progresso. Como se tivesse chegado ao limite das suas possibilidades, não podendo ir mais longe. Então, o homem decidiu ajudar a borboleta. Pegou numa tesoura e cortou o casulo. A borboleta emergiu facilmente. Mas qualquer coisa estava estranha. A borboleta tinha umas asas raquíticas e um corpo inchado. O homem continuou a observar a borboleta, na expectativa de que, a cada momento, as asas aumentassem, de forma a suportarem o corpo que diminuiria com o tempo. Nada disto aconteceu e a borboleta e a borboleta viveu o resto dos seus dias a rastejar com as asas atrofiadas. E nunca conseguiu voar. O que o homem fez na sua simpatia e impulsividade, foi não compreender que o casulo que restringe e a luta necessária para a borboleta sair pelo pequeno orifício são a forma de levar fluidos do corpo da borboleta para as asas, de modo a esta poder voar, uma vez libertada do casulo. Muitas vezes as lutas são exactamente o que precisamos na nossa vida. Se percorrêssemos toda a nossa vida sem obstáculos, tornar-nos-íamos deficientes. Não seríamos tão fortes. Não conseguiríamos voar.” Posso participar? Margarida Pedroso de Lima |
quinta-feira, outubro 26, 2006
casulo
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